Com a introdução de
outro programa para a compra de MBS (forma de securitização), da ordem de US$
40 bilhões por mês, o FOMC está apoiando a política federal de longa data de
ajuda aos setores de construção civil e de hipotecas. Foram
exatamente tais políticas que foram as maiores responsáveis pela crise financeira,
que começou no setor imobiliário. Por
que o FED quer incentivar ainda mais essas políticas federais desastrosas? Diz-se
que o FED é apolítico, mas esta decisão está diretamente apoiando a continuação
da atuação da Fannie Mae e da Freddie Mac. Esta
ação não é política monetária, mas política fiscal, concessão de crédito a uma
indústria favorecida. Esta
política é o capitalismo de compadrio, sendo praticada pelo governo federal e pelo
FED.
As decisão do FOMC cria
mais um problema para o FED. Se
o crescimento do emprego vingar, ou se a inflação aumentar considervalmente antes
de uma reunião do FOMC, o mercado vai se perguntar se o FED irá parar as compras
de MBS. O
FED se recusou a oferecer qualquer orientação genuína a respeito de quando a
política vai acabar. Por
outro lado, se o crescimento do emprego continuar fraco, os participantes do
mercado vão se perguntar antes de cada reunião do FOMC se o Fed vai fazer mais,
ou introduzir alguma nova política e inexperiente. Em suma, só
aumentam as incertezas.
Na sua conferência
de imprensa de lançamento do QE3, o presidente do FED, Ben Bernanke
apropriadamente enfatizou a necessidade de políticas fiscais para estabilizar
as finanças federais. No
entanto, ele mesmo está prometendo que o FED pode contribuir para derrubar o
desemprego. Essa promessa
reduz a pressão de ação sobre o Congresso. Então
pergunta-se: Por que o Congresso irá lidar com as difíceis questões políticas
atuais se o FED se compromete a fazer o trabalho?
Ao que parece, a situação que o FED está criando é absolutamente insustentável e trará consequências ainda mais dolorosas do que as já criadas.
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